Becoming - A Minha História, escrito por Michelle Obama, foi o livro escolhido para o desafio literário de Março do "The Bibliophile Club", cujo objetivo era escolher um livro escrito por mulheres ou sobre mulheres.
A leitura da autobiografia de Michelle Obama só veio reforçar a admiração que sinto por esta mulher e cimentar a imagem que criara dela ao longo da sua passagem pela Casa Branca: a imagem de uma mulher forte, decidida a fazer do mundo um lugar melhor, inspiradora e com uma personalidade bem vincada.
Ao longo de quase 500 páginas, acompanhadas por fotografias da sua vida, a ex-Primeira Dama dos Estados Unidos conta-nos a sua história, sem floreios que nos façam pensar que foi uma vida cor-de-rosa, desde a infância no seio de uma família de classe operária, humilde, com as pessoas que fizeram dela o que é hoje, e onde teve de enfrentar o preconceito racial que se agravava ao longos dos anos e a doença do seu pai que o debilitava dia após dia. Ao longo de grande parte do livro descreve a luta por uma vida melhor, as pessoas que duvidavam das suas capacidades académicas por ser negra, a sua carreira como advogada onde conheceu Barack Obama e o nascimento da relação que haveria de evoluir para casamento e, com este, a chegada de duas amadas filhas.
Mais do que percorrer a sua vida privada, Michelle conta como era partilhar o marido com a política, com a qual se sentia desconfortável, e mais tarde como era a vida na Casa Branca. Acredito que esta seja uma surpresa para a maioria dos seus leitores, porque se alguém faz ideia do que se passa lá dentro, devem ser mesmo muito poucos. Desde a pressão de tomar decisões acertadas rapidamente, ao facto de muitas das políticas propostas terem sido chumbadas só porque eram lançadas por um partido diferente, passando também por importantes acontecimentos como a captura e morte de Osama bin Laden ou o tiroteio na Escola Primária Sandy Hook.
Num livro intimista, leve e sincero, Michelle dá-nos a conhecer o peso de ocupar o cargo que o casal Obama ocupou, a luta para se afirmar por ser negra e o facto de querer ser mais do que a esposa do Presidente, ao dar o seu contributo para ajudar crianças e jovens dentro e fora dos EUA, bom como a ex-militares e as suas famílias.
Ao terminar de ler a última página, ao fechar o livro pela última vez, de quatro coisas estou certa: a educação é uma poderosa arma contra a discriminação, o ódio e o preconceito, seja ele qual for; Michelle e Barack são um exemplo de bondade, de luta por um lugar, de causas maiores; é possível usar a nossa influência, seja em pequena ou larga escala, para fazer do mundo um lugar melhor; e o Barack Obama foi o melhor Presidente que os Estados Unidos conheceram.
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Quero muito ler este livro.:)
ResponderEliminarAnother Lovely Blog!, https://letrad.blogspot.com/