Dear Me | 24 anos, 14 aprendizagens

Não sou a mesma de há um ano atrás | É nesta altura do meu aniversário, apesar de a aparência não se alterar muito de um ano para o outro, que noto as maiores diferenças em mim, sobretudo as intrínsecas. Posso dizer que cresci e continuo a crescer, cada vez me sinto melhor comigo mesma, mais determinada, menos importada com o que os outros pensam. Sinto-me mais mulher, e sinceramente, sinto-me mais eu. E gosto tanto!

Vejo sempre os dois lados da moeda | Seja perante uma decisão onde tenho que escolher um caminho, ou numa situação que precise de julgamento, sou capaz de ver, quase sempre, os dois lados da moeda. A imparcialidade precisa sempre de ser trabalhada, mas é uma das maiores qualidades que reconheço em mim.

Não fico calada | Não sou narcisista, mas sei que para mim eu tenho que estar em primeiro lugar. Ninguém, por mais que pensem que são superiores e donos de todas as verdades universais, tem o direito de me fazer sentir inferior, de me intimidar, de me faltar ao respeito, nem de me difamar. E, por mais vezes que o tentem fazer, eu nunca fico calada.

Não existe topo para mim | Sempre me ensinaram que nunca devemos dizer que chegámos ao topo da escada, até porque a partir daí só podemos descer e isso eu não quero. Nunca poderei dizer que sei tudo sobre tudo, nunca ninguém irá saber, nem que cheguei ao patamar que desejava tanto a nível pessoal como profissional, porque estarei a fechar portas a toda a evolução, a toda a aprendizagem e a todas as formas de crescer. Sei que ainda tenho, e sempre terei, tanta coisa para aprender.

Pedir ajuda | Pedir ajuda não é vergonha nem sinal de fraqueza ou incompetência. Pedir ajuda é sinal que nos conhecemos, que sabemos quais são as nossas limitações, e que temos humildade suficiente para admitirmos que não somos capazes e que precisamos de uma mãozinha de alguém. Pedir ajuda ajuda-nos a sermos melhores e não é vergonha nenhuma.

As opiniões mudam | Tal como não ou a mesma de há uns meses atrás, as minhas opiniões, ideias, os meus objetivos, os meus gostos e interesses também mudaram. A isto chamo de evolução. É adotarmos capacidades para reavaliarmos algo que dávamos como correto, como verdadeiro. É permitir a nossa evolução, e sermos inteligentes o suficiente para isso.

São só números | Desde que comecei a ter consciência do meu corpo que declararam guerra contra mim, conta a minha auto-estima, mas hoje posso dizer que já não me sinto inferiorizada por eles. Não são os números que vejo na balança, o número das minhas calças ou do meu soutien que definem quem sou. Não são eles que determinam o meu lugar no mundo nem a forma como encaro a vida.

Boas impressões | Num mundo onde os contactos são cada vez mais decisivos em diversos momentos, como na hora de ser selecionado para um cargo ou para uma promoção, continuo a acreditar que ao darmos o nosso melhor também teremos um lugar. Acredito que a boa educação, as relações que temos com os nossos colegas e superiores, as oportunidades que agarramos e o nosso mérito, também nos farão chegar a algum lado.

Os dias maus têm sempre alguma coisa boa | Nem todos os dias sãos bons, e há dias em que penso que nem devia ter saído da cama. Mas já que eles existem, e normalmente nada se pode fazer para contrariar o que correu mal, tento fazer sempre algo que o torne um pouco menos mau. Nem que seja um passeio, um encontro com amigos ou mesmo uma maratona de filmes ou séries no sofá.

Manter por perto as boas pessoas | É nos momentos mais difíceis que percebemos quão importante é manter as pessoas que nos fazem bem perto de nós, e mais importante ainda, afastar as tóxicas. Um abraço, um "estou a caminho", ou um "estou aqui para ti", são impagáveis. Apesar de, por vezes, não vermos nada de bom nos dias maus, essas pessoas estão lá para os colorir um pouco.

Prioridades | Infelizmente não tenho super-poderes daqueles mesmo fixes que vemos nos filmes, e por isso não vale a pena tentar dividir-me em 50 para conseguir fazer tudo o que queria. Estabelecer prioridades e dividir tarefas pelos dias da semana passou a ser essencial para mim e para a minha sanidade mental, assim garanto que das 24 horas do dia ainda sobra algum tempo só para mim.

Ir | Diz-se que ir é o melhor remédio e que os bons momentos são as únicas coisas que se levam desta vida. Concordo completamente e posso dizer que poucas coisas me fazem sentir mais feliz do que entrar num carro, ou avião e ir. É tão bom conhecer o que não conheço, novas línguas, culturas, tradições, novos conceitos gastronómicos, arquitetónicos... Às vezes nem é preciso tanto, só de ir a um local, mesmo perto de casa, que não conheço e que me possa enriquecer pessoalmente, já fico feliz.

Não sou de modas | Foi especialmente no último ano que arrisquei mais na forma de vestir e que descobri o meu estilo pessoal. Já não sigo tendências só para não ser diferente, sei o que me fica bem e o que só me desfavorece. Descobri que tipo de roupas me fazem sentir bem e que me dão confiança no dia a dia, e isso é meio caminho andado para que tudo corra bem.

Não acontece só aos outros | Seja bom ou mau, não acontece só aos outros. Aliás, já pensaram que para os outros nós também somos os outros? Não são só os outros que podem ficar doentes, não são só os outros que podem ser aumentados ou promovidos, não são só os outros que falham, nem são só os outros que podem pegar nas malas e viajar. Por vezes, o que nos distingue dos outros é a preocupação que temos connosco ou o empenho para fazer acontecer, dependendo as situações.